Ideal para crianças entre 4 e 6 anos, esta historinha incentiva a bravura e a superação diante dos desafios. Através de uma narrativa mágica e cheia de fantasia, pequenos ouvintes aprenderão sobre a importância da amizade e da perseverança. Esta história estimulará a imaginação das crianças enquanto ensina lições valiosas sobre a coragem de enfrentar os próprios medos.
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🎁 Pedir historinha agoraBento abriu a boca, estufou o peito peludo e… miau. O som saiu fininho, quase um suspiro. Enquanto os outros leõezinhos faziam a terra tremer com seus rugidos fortes, Bento abaixava as orelhas, envergonhado. Ele tinha o coração de ouro, mas a voz… ah, essa teimava em não sair.
Mas não houve tempo para tristeza. Um vento gelado soprou de repente, roubando o verde vibrante das folhas e apagando o perfume das flores. A Grande Coruja da Sabedoria, com suas penas arrepiadas de frio, deu a notícia terrível: um dragão havia levado a Lua Mágica. Sem ela, o mundo estava ficando cinza e sem vida.
Bento sentiu o coração bater descompassado. Ele queria ajudar, mas como?
— A bravura não mora no barulho que você faz, Bento, mas na vontade de tentar — disse a Fada Lina, pousando levemente no nariz úmido dele e fazendo uma cosquinha encorajadora.
Com aquelas palavras aquecendo o peito, Bento partiu. O caminho era difícil: galhos secos arranhavam suas patas e o rio gelado dava medo. Mas a cada passo, enfrentando o desconhecido, ele sentia uma força nova crescer dentro dele.
Ao chegarem na caverna do dragão, Bento não encontrou um monstro furioso cuspindo fogo. Encontrou uma criatura enorme encolhida num canto, soltando soluços que faziam eco nas pedras úmidas. O dragão chorava lágrimas quentes de solidão.
Bento esqueceu o medo na hora. Aproximou-se devagar, sentindo o calor que vinha do dragão, e encostou sua pata macia na escama áspera dele.
— Você não precisa ficar sozinho — disse ele, com doçura. — Pode ser nosso amigo.
O dragão, surpreso com tanto carinho, enxugou as lágrimas e devolveu a Lua Mágica. O brilho prateado tocou a floresta instantaneamente, trazendo as cores de volta num estouro de alegria. Foi nesse momento que Bento sentiu uma emoção tão grande que não coube no peito. Ele abriu a boca e… ROAAAR!
Um rugido lindo, forte e cheio de amor ecoou pelo vale. Não era um som de medo, mas um convite para a festa.
Bento voltou para casa como um herói. Ele aprendeu que o rugido mais poderoso não serve para assustar, mas para unir os amigos. E a Floresta Encantada nunca mais esqueceu que, dentro de um leãozinho tímido, morava a maior coragem de todas: a de ser gentil.
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