A Coragem da Pequena Estrela | História Educativa

No tapete de veludo escuro do céu, Lúmi era um pontinho diferente. Ela não brilhava prata como as outras; sua luz era azul, suave e límpida como água de nascente. Mas Lúmi se sentia miúda demais perto das estrelas gigantes e vivia suspirando, quase apagando de tristeza.

A Lua, com sua bochecha redonda e prateada, percebeu o desânimo da pequena. Ela deslizou devagar entre as nuvens e sussurrou com carinho: — Lúmi, meu bem, o brilho bonito não depende do tamanho. Ele nasce quando a gente tem coragem de ser quem é.

— Mas como eu tenho coragem sendo desse tamaninho? — perguntou a estrelinha, tremendo de frio na imensidão.

A Lua sorriu e ensinou um segredo: — Feche os olhos e imagine sua luz azul descendo para fazer carinho no mundo.

Lúmi obedeceu. Ela imaginou seu raio azul beijando a testa das crianças que dormiam, abraçando as flores fechadas no jardim e nadando junto com os peixinhos no fundo do mar.

Enquanto sonhava, um calorzinho gostoso cresceu dentro dela. Sua luz azul esticou, rodopiou e ficou forte! Quando Lúmi abriu os olhos, ela não era mais apenas um pontinho; tinha virado uma constelação linda, desenhando formas azuis na noite.

As outras estrelas piscaram encantadas. Lúmi sorriu, radiante. Ela aprendeu que, para iluminar o mundo inteiro, não precisa ser grande; basta ter sonhos gigantes e coragem no coração.