Valentim e o Grande Salto | História Educativa

Ideal para crianças entre 4 e 6 anos, “Valentim e o Grande Salto” é uma historinha para dormir que inspira coragem e superação. Ao acompanhar as aventuras do pequeno sapinho Valentim, os jovens ouvintes vão aprender sobre a importância de enfrentar os medos e persistir diante dos desafios. A narrativa promove valores como a autoconfiança, a determinação e o apoio mútuo, elementos essenciais para o desenvolvimento emocional e social dos pequeninos.

A luz do luar transformava a água da lagoa num espelho de prata trêmula. Valentim olhava para o alto da Pedra do Desafio e sentia suas perninhas verdes tremerem mais que gelatina.

O Grande Salto estava chegando. Enquanto seus amigos coaxavam animados, pulando de vitória-régia em vitória-régia, Valentim sentia um nó na garganta. A altura parecia assustadora.

Sua mãe, percebendo o medo no olhar do filhote, puxou-o para um abraço geladinho e reconfortante. A pele dela era macia e passava segurança.

— Valentim — sussurrou ela —, a coragem não é a falta de medo. É sentir as pernas tremerem e, mesmo assim, decidir pular.

A noite da festa chegou cheia de sons. Grilos cantavam e a água fazia tchibum a cada mergulho dos sapos mais velhos. Chegou a vez de Valentim. Ele subiu na pedra, sentindo a superfície áspera e fria sob suas patas úmidas. Lá de cima, a lagoa parecia funda e escura. Seu coração batia forte no peito: tum, tum, tum.

Ele fechou os olhos grandes e redondos. Respirou fundo o ar fresco da noite e lembrou da voz doce da mãe. Reuniu toda a força que tinha nas pernas traseiras e… Zás! Se lançou no ar.

O vento assobiou rápido por seus ouvidos. O frio na barriga durou apenas um segundo, até que a água fresca o abraçou suavemente. Foi um mergulho perfeito!

Quando colocou a cabeça para fora da água, Valentim abriu um sorriso enorme. Os aplausos e coaxares felizes dos amigos ecoaram pelo brejo. Ele nadou até a margem, sentindo-se leve. Naquela noite, Valentim aprendeu que o medo é apenas um muro que a gente salta quando acredita na própria força.