Uli e Ula: A Busca pelo Ninho Perdido

Esta historinha é ideal para crianças de 2 a 4 anos, pois as levará em uma aventura cheia de emoção e aprendizado. Ao acompanharem as peripécias de uma família de animais na natureza, os pequenos ouvintes desenvolverão noções de cuidado, cooperação e amor. Além disso, esta história ajudará a fomentar o respeito pelo meio ambiente e a importância dos laços familiares.

O cheiro de terra molhada e pinheiro fresco enchia o ar da floresta. As folhas gigantes das árvores dançavam com o vento, fazendo um som suave de shhh-shhh, como se contassem segredos.

Lá no meio desse mundo verde, vivia Uli, um ursinho de pelo macio e cor de chocolate. Ele adorava rolar na grama e brincar de esconde-esconde com sua irmãzinha, Ula. A toca deles era o lugar mais quentinho do mundo, sempre cheia dos abraços fofos da Mamãe e do Papai Urso.

Uli era um explorador. Ele gostava de molhar as patinhas nos riachos gelados e de sentir o perfume doce das flores que cobriam as colinas. Mas sua coisa favorita no mundo inteiro era olhar para cima e tentar abraçar o tronco imenso da Grande Árvore, bem no coração da mata.

Um dia, no meio de uma brincadeira de pega-pega com Ula, Uli parou. Suas orelhas redondas se mexeram.

Piu… piu… snif.

Não era um canto alegre de manhã. Era um choro fininho e triste. Uli farejou o ar e, debaixo de uma folha de samambaia, encontrou Piu-Piu. O passarinho amarelo estava encolhido, tremendo de frio e de medo, longe do seu ninho.

O coraçãozinho bondoso de Uli apertou. Ele se aproximou devagar e fez um carinho na cabecinha do pássaro com a ponta fria do nariz.

“Calma, Piu-Piu”, sussurrou o ursinho com sua voz grossa e gentil. “Não chore. Eu e a Ula vamos te ajudar a achar sua casa.”

A aventura começou. Piu-Piu subiu no ombro peludo de Uli. As patinhas dos ursos afundavam no tapete macio de trevos enquanto eles caminhavam. Eles passaram atrás de uma cachoeira barulhenta, rindo dos respingos gelados que molhavam seus focinhos. Piu-Piu piava cada vez mais forte, chamando pela mamãe e pelo papai.

Mas o sol estava cansado e foi dormir. A floresta ficou escura. As sombras das árvores pareciam gigantes e um ventinho frio soprou.

Uli sentiu um friozinho na barriga. Onde estava aquele ninho? A floresta à noite parecia muito grande para um ursinho pequeno.

Foi então que ele sentiu uma pata quentinha segurar a dele. Era Ula.

“Não tenha medo, Uli”, disse ela, apertando a mão do irmão. “Enquanto a gente estiver junto, a gente é corajoso e fica quentinho.”

Parecia mágica. Assim que deram as mãos, as estrelas no céu começaram a brilhar muito mais forte, iluminando uma trilha prateada no chão da floresta. Uli olhou para frente e reconheceu os galhos enormes que tocavam o céu.

Era a Grande Árvore!

E lá do alto, um piado feliz respondeu ao de Piu-Piu. Que festa de asas batendo! Piu-Piu voou direto para o abraço dos seus pais. A família estava reunida. Muito agradecidos, os pais de Piu-Piu deixaram cair para os ursinhos uma peninha azul brilhante, que fazia cócegas na pata e brilhava como um pedacinho do céu.

A volta para casa foi tranquila, com a lua guiando o caminho. Quando chegaram na toca, o cheiro familiar de segurança e mel os recebeu.

Mamãe e Papai Urso estavam esperando e deram o abraço mais apertado, longo e gostoso do mundo.

“Estávamos com saudades, meus amores”, murmurou a mamãe, dando lambeijos carinhosos em suas orelhas. “Mas que orgulho de vocês terem ajudado um amigo.”

Naquela noite, aninhados, quentinhos e seguros entre seus pais, Uli e Ula fecharam os olhos pesados de sono. A brisa da floresta lá fora parecia sussurrar um segredo que eles tinham acabado de aprender: não existe tesouro maior no mundo inteiro do que o amor e o abraço da nossa família.

E, enroladinhos naquele amor, eles dormiram, prontos para a próxima aventura.

Por que historinhas infantis são importantes?

As historinhas infantis ajudam no desenvolvimento emocional, cognitivo e linguístico das crianças. Elas promovem o hábito da leitura e fortalecem os laços familiares antes de dormir.