A Lua Sonolenta e o Cobertor de Estrelas

A Lua bocejou. Um bocejo longo e prateado que iluminou as nuvens.

— Estou tão cansada… — suspirou ela, piscando o olho redondo e brilhante.

Lá embaixo, as luzes das casas estavam se apagando. Plic, plic, plic. As crianças estavam dormindo, os cachorros pararam de latir e até os grilos estavam cantando mais baixo.

A Lua olhou para o Sol, que já estava dormindo do outro lado do mundo. O trabalho dela era vigiar o sono de todos, mas suas pálpebras pesavam toneladas de poeira estelar.

— Pode descansar um pouquinho, Dona Lua — sussurrou uma Nuvem fofinha, passando na frente dela.

A Nuvem cobriu o brilho forte da Lua, como um cobertor de algodão macio. A noite ficou um pouco mais escura, aconchegante e fresca.

A Lua sorriu por trás da Nuvem, fechou os olhos por um minuto e descansou, sabendo que o mundo estava seguro e dormindo tranquilo sob seu olhar, mesmo que ela tirasse um cochilo rápido.