O Abraço Mágico de Malu| Contos para Dormir

Esta historinha é perfeita para crianças de 2 a 4 anos que estão começando a descobrir o mundo mágico das histórias. “O Abraço Mágico de Malu” não só entretém com seu encanto e fantasia, mas também ensina sobre a importância do amor familiar e da empatia. Ao ouvir esta história, os pequeninos aprenderão sobre o poder dos laços afetivos e como um simples gesto pode transformar o dia de alguém.

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O cheirinho de torrada quente se misturava com o perfume de terra úmida na casa da beira da floresta. Para Malu, o dia só começava de verdade depois do “abraço sanduíche”: ela, Mamãe, Papai e o irmãozinho Luca, todos bem apertadinhos na cozinha.

Mas, ultimamente, o abraço estava faltando um pedaço. Luca andava com os ombros caídos, os olhos fixos no chão e um silêncio triste que nem as brincadeiras de Malu conseguiam quebrar.

Preocupada, Malu correu para o bosque, onde as folhas secas faziam cric-crac debaixo de suas botinhas. Ela parou em frente ao carvalho antigo e chamou:

— Hootie? Você está aí?

Hootie, a coruja de penas macias e olhos que pareciam duas jabuticabas brilhantes, desceu de um galho alto.

— O que aflige seu coração, pequena? — piou ela.

— O Luca perdeu o sorriso, Hootie. Como eu trago ele de volta?

A coruja piscou devagar e sussurrou: — Palavras às vezes falham, Malu. Mas um abraço verdadeiro, daqueles que esmagam a tristeza, tem o poder de acender a luz de qualquer coração apagado.

Malu não esperou nem mais um segundo. Correu de volta para casa, com o coração batendo forte. Encontrou Luca encolhido no canto do quarto, olhando para a chuva fina pela janela.

Sem dizer nada, Malu envolveu o irmão em seus braços. Ela apertou forte, passando todo o calor e carinho que sentia por ele. Foi um abraço demorado, quentinho e silencioso.

De repente, algo mudou. Não foi mágica de contos de fadas, foi mágica de amor mesmo. Uma sensação dourada e vibrante encheu o quarto. Luca respirou fundo, sentindo o cheiro familiar da irmã e o conforto daquele gesto.

Quando se soltaram, os olhos de Luca brilhavam de novo. Um sorriso tímido apareceu no rosto dele. — Obrigado, Malu. Eu tinha esquecido como é bom ser abraçado — disse ele.

Daquele dia em diante, o “abraço sanduíche” voltou a ser sagrado. A família aprendeu que, nos dias cinzentos ou nos dias de sol, o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço cheio de amor.


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