Esta história é ideal para crianças de 4 a 6 anos que gostam de aventuras encantadas e aprendizado sobre a coragem e a superação. Ao acompanhar a jornada da pequena lagartinha Lilica, os pequenos ouvintes serão inspirados a acreditar em seus sonhos e a entender que a paciência e a perseverança são chaves para alcançar grandes feitos. Além disso, esta historinha para dormir é um convite ao mundo dos sonhos, onde tudo é possível.

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🎁 Pedir historinha agoraLilica sentia a terra fresca sob suas muitas patinhas enquanto se arrastava devagar pelo caule de uma rosa. Seus olhos, porém, não miravam o chão, mas o azul infinito lá em cima. Ela suspirava, vendo as borboletas riscarem o ar como pipas coloridas e livres.
— Eu queria tanto saber qual é a sensação do vento nas costas… — desabafou ela para Bela, a abelhinha que pousou ao seu lado com um zumbido suave.
Bela ajeitou as asinhas transparentes e disse com carinho: — Minha pequena, lagartinhas foram feitas para abraçar a terra, não as nuvens.
Lilica sentiu um aperto no peito, mas sua esperança era teimosa. Ela continuou observando o jardim com paciência. Viu as folhas mudarem de cor e sentiu o ar ficar mais frio. Percebeu que a natureza tem um relógio próprio e que tudo muda na hora certa.
Numa noite estrelada, ela sussurrou um pedido baixinho para o céu piscante: “Me dê uma chance de tocar as nuvens”. Com esse desejo quentinho no coração, ela teceu seu próprio berço de seda, um casulo apertadinho e seguro, e adormeceu.
O tempo passou devagar naquele sono profundo. Até que, numa manhã de sol, Lilica acordou sentindo-se diferente. O casulo estava apertado demais. Ela fez força e… Crac!
Ao sair, não sentiu o peso do corpo gordinho de antes. Sentiu algo leve e colorido se esticar em suas costas. Eram asas! Lindas, grandes e vibrantes.
Ela respirou fundo, deu um impulso e… o chão ficou para trás. O vento finalmente bateu em seu rosto, fresco e delicioso. Lilica subiu, dançando com a brisa, vendo o jardim virar um tapete de cores lá embaixo.
A paciência tinha valido a pena. Lilica entendeu que a esperança guardada no coração é a semente que, no tempo certo, vira asa para a gente voar.
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