A Grande Aventura de Coração Valente e a Montanha da União

Esta história é ideal para crianças pequenas entre 4 e 6 anos, que adoram embarcar em histórias infantis repletas de aventura, coragem e amor familiar. Ao ouvir esta historinha para dormir, os pequeninos aprenderão sobre a importância da superação pessoal e do apoio entre os membros da família, desenvolvendo habilidades emocionais como empatia e cooperação, além de alimentar a imaginação antes de adormecer.

Na caverna quentinha da família Coração, o cheiro de mel misturado com terra úmida dava as boas-vindas a quem chegasse. Lá, Papai Urso, Mamãe Ursa e os pequenos Luna e Max viviam embolados em abraços de pelo macio.

Certa noite, Papai Urso coçou a orelha, fez um carinho na cabeça dos filhotes e disse, com sua voz grossa e tranquila: — Amanhã vamos ter uma grande aventura. Vamos subir a Montanha da União para ver o sol acordar lá de cima!

Luna e Max sentiram aquele friozinho gostoso na barriga. Mal conseguiram dormir de tanta ansiedade.

O dia ainda estava cinza e orvalhado quando começaram a caminhada. O ar da manhã gelava a pontinha dos narizes úmidos. Tudo ia bem até que as pedras do caminho ficaram lisas e escorregadias.

Pof! Max escorregou e caiu sentado.

— Ai… eu não consigo, é muito difícil — resmungou ele, com os olhos cheios de lágrimas.

Luna não pensou duas vezes. Estendeu sua pata para o irmão e deu um sorriso torto. — Segura na minha mão, Max. A gente sobe junto, pulinho por pulinho.

Mais à frente, uma ponte de madeira velha fazia nhééé-nhééé com o vento. Luna travou as patinhas. Olhar para baixo dava vertigem. Foi a vez de Mamãe Ursa e Papai Urso fazerem uma barreira de proteção em volta dela.

— Sinta o nosso calor, filha — sussurrou a mamãe no ouvido dela. — Estamos aqui.

Passo a passo, pata com pata, o medo foi ficando pequeno perto da coragem deles. Eles riram dos tropeços e dividiram o cansaço.

Quando finalmente chegaram ao topo, o vento soprava forte, mas ninguém sentiu frio. A família inteira se abraçou num bolinho de pelos. Bem na frente deles, o sol surgiu, pintando o céu de laranja, rosa e dourado, aquecendo seus rostos.

— Conseguimos! — gritaram juntos, sentindo o coração bater no mesmo ritmo.

A volta para casa foi leve, cheia de brincadeiras e risadas que ecoavam na floresta. Naquela noite, deitados em suas caminhas de palha fofinha, Luna e Max fecharam os olhos pesados de sono. Eles não precisavam de mais nada: sabiam que, não importasse o tamanho da montanha, o amor da família sempre seria o melhor lugar para se segurar.