
✨ Transforme seu filho no protagonista de um conto mágico!
Nós escrevemos uma história exclusiva com o nome dele(a) para brilhar no nosso site.
🎁 Pedir historinha agoraA terra preta e úmida entrou debaixo das unhas de Helena enquanto ela cavava com a colher de plástico azul.
O cheiro forte de hortelã misturado com terra molhada fazia cócegas no nariz dela. Era o perfume oficial das manhãs de sábado no quintal.
— Zzzzz… Zzzzz…
Helena parou a colher no ar, sujando a bochecha de lama sem querer. O barulho não vinha do cachorro Thor, nem do papai dormindo na rede. O som vinha de dentro do buraco que ela acabara de cavar.
Ela aproximou o ouvido do chão fofo.
— Zzzzz… ronque… puf!
Era uma semente. Uma semente pequena, redonda e roxa que estava… roncando?
Helena arregalou os olhos castanhos. Nunca tinha visto uma cenoura ou um pé de feijão tirarem soneca antes de nascer.
Com a ponta do dedo, ela tocou na semente. Era quentinha e vibrava suavemente.
— Acorda! Já é dia! — sussurrou Helena, tentando não assustar a plantinha dorminhoca.
A semente resmungou, rolou para o lado e se enterrou mais fundo, fugindo da claridade. Parecia Helena quando a mãe abria a cortina do quarto para a escola.
A menina teve uma ideia. Correu até a cozinha e voltou com um copo de água morna, aquecida pelo sol da janela.
Entornou a água devagarinho. Plic, ploc.
A semente parou de roncar. O calorzinho agradável a envolveu. De repente, crac! A casca roxa se partiu e dois bracinhos verdes se esticaram para o alto, em um espreguiçar longo e gostoso.
Uma florzinha amarela, com cara de sono, desabrochou bem na frente de Helena.
A menina sorriu, limpando as mãos no vestido. Ela entendeu que, às vezes, para crescer e florescer, a única coisa que a gente precisa é de um pouco de calor e paciência.





